A aplicação prática de processos na gestão dos negócios traz uma das mais profundas e abrangentes transformações da história da administração. A característica principal dessa nova forma de pensar o trabalho organizacional transcende as paredes dos departamentos, ao indagar, primeiramente, "para quem fazer o trabalho" - ou seja, ele coloca em cena o cliente interno, o novo personagem nascido da lógica do atendimento. É a partir das suas demandas que a gestão por processos pensa “o que fazer” e responde “por que fazer”.
Isso compara-se em termos de impacto, ao ocorrido no início da década de 1950, quando a indústria teve que aceitar, cientificamente, que os motivos humanos influenciavam o desempenho da produção. Entre esses motivos, encontra-se a realização pelo trabalho executado. Mas seria necessário mais meio século para que essa realização se tornasse possível, com a conclusão lógica de que ninguém é pago para trabalhar para chefe. O sistema de trabalho baseado em processos faz suas entregas ao cliente interno que o demandou, em vez de ofertá-lo à hierarquia, que mandou executá-lo. Coloca-se portanto um passo além da hierarquia.
Modelagem Organizacional por Processos está dividido em seis capítulos: A QUESTÃO: Por um modelo sistêmico de gestão alinhado ao fluxo dos negócios; A PROPOSTA: Resgatando o sentido lógico da organização do trabalho; O CONCEITO: Processos de negócio; A CONSTRUÇÃO; A GESTÃO; e A PROPAGAÇÃO.